Souza, zagueiro da Chapecoense que foi afastado preventivamente devido à lesão de um atleta do Figueirense no jogo do final de semana passado, foi linchado publicamente por parte da imprensa de Florianópolis e taxado de assassino por integrantes da comissão técnica do Orlando Scarpelli.
Os desdobramentos e reações inerentes à ação eram inevitáveis. Os males estão feitos. Um atleta recupera-se de lesão e fica parado um determinado tempo e outro foi jogado no balaio dos bandidos.
Agora está em andamento uma tentativa de montar uma campanha para recuperar a simpatia perdida e ao mesmo tempo explicar a postura adotada. Quando existe a necessidade de se explicar uma determinada atitude é porque ela carrega resalvas.
Se houve exagero na entrada de Souza também houve por parte de determinados cronistas esportivos quando levantaram a bandeira da moralidade e forçaram sim o TJD de SC a tomar uma medida, mesmo que a distância.
Bom lembrar que a medida adotada pelo TJD está amparada na legalidade, porém, aconteceu apenas por pressão de parte da imprensa. Outra ala não foi levada em consideração. O TJD errou ao privilegiar um veículo de comunicação em detrimento dos demais na divulgação da pena imposta.
Outra manifestação que causou estranheza foi a de que a Chapecoense poderia perder a simpatia da imprensa da Capital, devido às reclamações do presidente Sandro Pallaoro, quanto à arbitragem e as medidas jurídicas que prejudicaram a Chapecoense, pois teria sido, segundo alguns, a imprensa de Florianópolis que guindou a Chapecoense ao posto de quinta força estadual. Quer dizer que as conquistas e os números da história e da caminhada da Chapecoense não valem nada? Quer dizer então que se parte da imprensa da Ilha resolver a Chapecoense cai de posto?
Eu sabia que eles eram fortes, mas não a este ponto.
A Chapecoense não é a quinta força mesmo! Hoje é a primeira, pois no armário da Rua Clevelândia repousa a taça de Campeão de SC.